conceitos
Produção – O dicionário[RO1] , na maioria das vezes não adianta muito. Explica-se o que já se sabe ou nada daquilo que se busca saber. Um dicionário não é uma enciclopédia. O verbete para Economia dá boa definição: 7 Rubrica: economia. – criação de bens e de serviços para suprir as necessidades do ser humano (Dicionário HOUAISS da Língua Portuguesa: Datação 1720 cf. RB). Podemos estender este conceito para: Produção é a criação ou transformação de bens ou de serviços mediante emprego de Trabalho buscando atender interesses de Mercados. Nem toda a produção visa satisfazer necessidades do ser humano. Às vezes, a produção visa atender desejos e se produz bens supérfluos ou serviços supérfluos. Da mesma forma, uma árvore frutífera e o seu fruto, nascido no meio da mata não deve ser considerada produção agrícola salvo se for destinada a atender demandas de mercado e for para a feira ser ofertada. Desta forma, por definição econômica, produção deve estar intimamente ligada ao Trabalho e a Mercados. Podemos usar ainda a figura que Produção está ligada à Oferta de Bens e Serviços oferecidos ao Mercado quanto o consumo está para a Procura de Bens e de Serviços. Desta forma, se pode fazer uma analogia entre Produção & Consumo e Oferta & Procura como elementos básicos do Mercado.
Transformação – É o processo que dá nova forma a um bem ou serviço. Através da transformação há saltos tecnológicos e culturais. Transformar vai além de modificar embalagens ou melhorar aspectos de produtos e serviços. Transformar agrega valores novos e introduz novos elementos ao Mercado. Transformações produzem alterações comportamentais nos mercados necessitando por parte de seus administradores ou participantes que se adequem às novas regras para manter ou aumentar sua participação no Mercado.
Consumo – Todo o bem ou serviço produzido e ofertado ao Mercado é objeto de consumo. Então, podemos dizer que Consumo é a utilização final ou intermediária de toda Produção. Produção e Consumo definem mercados e tanto um quanto outro elemento utiliza-se dos fatores de produção: Terra, Capital e Trabalho. Produção demanda por Trabalho e Consumo gera Trabalho e, ambos, determinam o ritmo da Economia e dos Mercados.
Necessidade – Talvez aqui devêssemos olhar o aspecto jurídico da questão. O Direito fala sobre o que seja: Estado de Necessidade: “O estado do agente ao cometer ato descrito como criminoso, para salvar – de perigo atual que não provocou por sua vontade nem podia de outro modo evitar – direito próprio ou alheio cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se (Código Penal 23-I; Código Penal Militar 39,43)” (Em, Dicionário Compacto do Direito, Sérgio Sérvulo da Cunha, 4ª edição, revista e atualizada 2005, Editora Saraiva). Por que citar aqui uma norma jurídica? Porque acredito ser relevante. É obrigação da Sociedade, através da Ciência Econômica, desenvolver mecanismos de produção para atender as necessidades de consumo da comunidade. A falência na consecução destes objetivos produz distorções profundas nos atendimentos do Mercado de Bens e Serviços em Geral. Principalmente quando atingem as necessidades básicas de consumo. Necessidades, sob o aspecto Econômico e de Mercado deve significar bens e serviços cuja produção e consumo digam respeito à mantença da Vida e, por extensão, Educação, Liberdade, Saúde, Habitação e Vestuário. Atuando na produção e desenvolvendo o consumo de bens e serviços que garantam as necessidades do indivíduo em suas comunidades estará a Economia justificando os seus fatores de produção. Se, ao invés disso virarmos as costas para o Mercado das Necessidades, nenhum outro Mercado merecerá acolhida ou salvaguardas pelo Estado ou pela Coletividade.
Supérfluo – Quase como o oposto de necessário, bens e serviços supérfluos são produzidos e disponibilizados ao Mercado. Aqui não estaríamos classificando o ‘supérfluo’ senão de forma absoluta. Não cabe a discussão que o discurso vazio propõe de que o supérfluo para um é o necessário para outro. Todo bem ou serviço supérfluo é precedido de uma transformação de hábitos ou de cultura e desta forma criam-se oportunidades econômicas de lucro. Este é um objetivo de empresas em geral, o Lucro e não necessariamente a satisfação de necessidades subjetivas ou objetivas do Mercado. Há de se reconhecer avanços Tecnológicos e de produção de Conhecimento no desenvolvimento de bens e serviços supérfluos eventualmente ou definitivamente. Regras de Controle de Mercados que a sociedade pode e deve criar definirão preço e regras de consumo. O Mercado não é um ‘ente’ coletivo tal qual é Sociedade, Comunidade e Coletividade. O Mercado é a abstração de fatores de produção que atuam num ambiente social e por esta razão deve estar sujeito às regras que a sociedade determinar mediante o estudo e análise dos interesses desta mesma sociedade.
[RO1]Dicionário HOUAISS da Língua Portuguesa:
Datação
1720 cf. RB
Acepções
■ substantivo feminino
ato, processo ou efeito de produzir
1 o que é produzido pela natureza, pelo homem ou pela máquina; produto
2 volume do que se produz
3 capacidade de produzir
4 resultado do esforço de um escritor, artista ou artífice; obra
Etimologia
lat. productìo,ónis ‘ato ou efeito de produzir, alongamento, extensão, demora’; ver -duz-
Sinônimos
criação, elaboração, fabricação, fabrico, geração, obra, produto, realização