Moeda e sua função

Apresentação

A moeda é, apenas, uma representação.

A Moeda representa um valor específico de unidade de troca. Quanta moeda é preciso para se oter uma garrafa d’água, para um quilo de pão, para uma roupa, para um sapato, para um livro, um lugar para morar ou para pagar aquele medicamento necessário para a nossa saúde.

Para medir e podermos quantificar coisas temos as unidades: massa (peso), volume (litros), tamanho (metro) de forma simplificada e ainda os números (sistema decimal)  para dar uma ideia destas coisas em relação de umas com as outra.

Para medir esforço (trabalho) criamos várias outras referências como: esforço, pressão, potência, intensidade, força, frequência, energia, temperatura, velocidade.

Ainda acompanhando necessidades humanas de quantificar para qualificar criamos unidades de tempo e para harmonizar as referências criamos relações entre as várias medidas. Ora quando no tempo a temperatura se altera, ora o quanto nos deslocamos por hora, por minuto ou por segundos.

Esta é a função das medidas.

A Moeda foi instituida como uma unidade de troca. Esta é sua função. Ela representa o CAPITAL como medida de quantidade tão somente. Não devemos cometer e não podemos cometer a besteira de dizer que o quilo, o metro representa a TERRA e tampouco que o esforço, frequência, energia representa o TRABALHO e, tampouco, que a velocidade em que as coisas se transformam representa a TECNOLOGIA.

Medidas são unidades quantitativas que podem, no conjunto, possibilitar análises qualitativas de como elas interagem, como elas se tansferem e se transformam.

A quantidade de CAPITAL existente é medido em MOEDA em relação a sua quantificação. Em geral, hoje, se diz que o CAPITAL de alguém, de alguma empresa ou do ESTADO se referencia em sua MOEDA ou uma outra moeda qualquer em referência mundial.

O PIB – Produto Interno Bruto estimado para o Brasil em 2018 é de R$ 6,7 trilhões. Ou U$ 2 trilhões… Dependendo com quem estivermos a comparar. A medição quantitativa que a Economia faz é em Moeda. Depende do Estado e como ele está nomeando a suas relações de troca.

As unidade de medida ganham também apelidos. Algumas vezes para nos referirmos a uma quantidade de metros dizemos LONGE, ou a uma quantidade de peso nós apenas dizemos que é PESADO ou de volume, que é muito GRANDE.

Em relação à unidade de CAPITAL, a MOEDA, em geral usamos o termo DINHEIRO para indicar a falta dele, ou de Moeda. A falta de alguma coisa para trocar. Diferente das outras unidades de medidas de tamanho, de massa, de volume que apenas referencia alguma coisa em relação ao que nela está contido, a MOEDA ou DINHEIRO se referencia a alguma coisa que pode ser trocada por outra coisa.

Esta foi a grande transformação que a sociedade experimentou com a expansão das famílias e grupos sociais cada vez maiores. Ter alguma medida de referência para as relações de trocas seja no comércio internacional ou mesmo dentro de seu próprio território. Daí a invenção da MOEDA como unidade de troca. Mesmo que cada grupo tivesse criado a sua própria moeda, com o tempo, as comunidades se envolvendo e se integrando a moeda simplificou muito as formas em que se estabeleceram as relações pessoais. Não que esta simplicidade tenha resolvido os desafios de qualidade, mas serviu e serve até hoje de referência a medidas de Economia e de Riqueza para todas as nações. Quem tem uma boa distribuição de moedas tem um bom desenvolvimento econômico e social.

Houve um tempo em que não era tão necessário dividir a sociedade para que ela funcionasse. Os ciclos de cada grupo funcionava quase que naturalmente. Plantavam, colhiam, consumiam. Alguns grupos comerciavam e outros saqueavam. Alguns até começaram a pensar como se fortalecer e como se organizar. Aprendemos então que para mudar há que se transformar.

Guerras, doenças, fome foram ensinando pela dor alguns caminhos. Um aprendizado difícil. E o pior que não poucas vezes o medo era usado mais para a submissão do que para provocar um movimento de emancipação ante a ameaça. Tais relatos vinham mais do Mundo Ocidental já que as Índias eram Terras Distantes e notícias de lá, do Oriente, retratam uma cultura bem diferente da que ouvimos falar.

A história das cinco famílias pretende ser apenas um desenho dos Fatores de Produção e do Mercado.

Neste estudo, quatro famílias representam – TERRA, TRABALHO, CAPITAL e TECNOLOGIA – e a quinta família o MERCADO. Este “mercado” nada mais é o conjunto ESTADO.

Para que as famílias se integrem na ECONOMIA PARTICIPATIVA o papel do ESTADO ou do MERCADO, não se amplia ou se diminui.

A ECONOMIA CAPITALISTA vive do MERCADO/ESTADO e criou um discurso liberal que só serve se for para dar à família do CAPITAL vantagens que nega a todas as demais famílias.  As famílias que vivem da TERRA, famílias que vivem do TRABALHO são totalmente desqualificadas e não devem nem ao menos ter direito à sobrevivência. A TERRA e o TRABALHO passa a não guardar valor, passa a não significar riquezas e meios de produção. Só serve se servir a família CAPITAL. E, se ela quiser. Se a família CAPITAL desejar acabar com a TERRA ou com o TRABALHO em algum lugar ela faz isso.

Com o desenvolvimento da família TECNOLOGIA tivemos um grande impulso na produção e no consumo com consequente aumento de sobrevida, de interações, de rendas.

A família CAPITAL soube aproveitar esta inovação de forma mais efetiva. Usou a TENOLOGIA para se fortalecer e ao mesmo tempo a subjulgou. Marcas, Patentes e outras formas de garantias se somaram à eliminação, física ou legal de qualquer grupo concorrente e assim chegamos aos dias de hoje.

Aquela família de vigias, a família ESTADO que viera ajudar foi envolvida por riquezas e manipulações pela família CAPITAL que assim dominou os discursos que, ainda irracionais, eram elogiados como bons e de resultado para todo o grupo.

Hoje percebemos a FARSA e FRAUDE.

Considerando que a moeda é, apenas, uma representação e que sua MAIOR e MELHOR representação é o PODER (representado) para quem tem ou detém MOEDA todos demonstram respeito e por esta razão desejam ter o que lhes é costumeiramente negado.

Então, podemos constatar, até prova em contrário que:

  1. Se TODOS tiverem MOEDA como uma unidade de valor para trocas, TODOS terão os mesmos direitos e a mesma representação social;
  2. Se é verdade que a MOEDA é uma unidade de valor e portanto pode medir a RIQUEZA é também verdade que sua real função não é acumular valores e sim realizar trocas;
  3. A MOEDA como uma criação coletiva nasce com o ESTADO e não com o CAPITAL. Se o ESTADO representa TODA A COLETIVIDADE, esta MOEDA pertence e representa a RIQUEZA de TODOS para que possam viver, produzir, consumir e, também, acumular o que lhes sobrar de tempo em tempo;
  4. A MOEDA de qualquer valor, na mão de qualquer um, não sofre qualquer restrição ou diminuição de sua representação;

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